quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Oríon... o criador de almofadinhas.


Vinho nos lábios.

Sem mesas. Sem Lura. Sem mãos que voam.

Cor nos lábios e na pele. Almofadas nas mãos de um menino de corpo azul, como o tigre solto nas ruas num dia sem manhã.

Grasnam, soltam gritos num verde com brilho e no sol que some atrás do rio aos pés, num querer acreditar em tardes de sol e noites com lua que toca nos cabelos quando estou por trás de ti. O odor da pele solta-se nos pedaços achados na rua, números, imagens, sorrisos, olhares... quando a lua tocava os cabelos, o calor chegava ao meu dedo.. aquele por onde falavas debaixo das folhas sem brilho por baixo... porque algo lhes faltava, dentro da casa das pessoas, na intimidade onde desenhaste um dia a café que te sobrou dos lábios... sob um Oríon sem cabeça, onde pandas dormiam a sono alto.

Bebemos todas as tardes, como todos os dias e todas as luas... onde queriamos acreditar em histórias de amor e cartas vindas de oriente... através de memórias difusas e fotografias amarelecidas pelos passos de quem passava, onde corações gordos brilhavam.

Porque as histórias estão na pele e no olhar de quem as escreve... e de quem as lê, mesmo que apenas um segundo seja o tempo da fotografia com o flash da cor do teu olhar.... castanho. (como um pato com sapatos)

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